forfun

Começamos como um trio no ano de 2000. Danilo na guitarra, Vitor no baixo e Bruno Tizé na bateria. Os ensaios rolavam na clássica lage do Tizé na tijuca, Rio de Janeiro. Com essa formação fizemos dois shows, nos lendários Black Night e Casarão Amarelo,e foi num desses que tocamos com a banda Nitro, da qual o Rodrigo era guitarrista e vocalista. Logo em seguida o Bruno saiu da banda, e quem entrou foi o Nicolas. Antigo amigo de escola do Danilo, ex-batera de várias bandas, como Acesso de Raiva, Riveraid, e 15 Kelvin, sendo que nessa última os dois tocaram juntos em 98.Amarradões com a nova formação e empolgados pra produzir o nosso som, ligamos para um grande amigo, Thiago Niemeyer, vocalista do Darvin, que nos levou até o estúdio do Breno, baterista, também do Darvin na época, em Niterói, onde tivemos a nossa primeira experiência com gravação. Em 2 dias gravamos 4 músicas, e na mesma semana, contando com a ajuda de mais um grande amigo, Flash, colocamos no ar o nosso primeiro site.Em 2001 e 2002 fizemos novas gravações e lançamos duas demos, que vendíamos por 5 reais nos shows. Paralelo à isso divulgávamos nossas músicas na internet, no boca-a-boca, e de todas as maneiras possíveis.Durante esses dois anos ralamos bastante, mas em compensação tivemos experiências inesquecíveis e fizemos grandes amigos que nunca nos negaram ajuda, e que como nós, também estavam ralando por seus objetivos. Esse pessoal, que agitava os shows no underground aqui do Rio, como o grande Pedroca, e a galera do Riveraid, até hoje ajuda a manter a resistência da cena alternativa , e um exemplo é a loja/estúdio/casa de shows Audio Rebel, e bandas como Formigas Desdentadas, Opallas, Skore, Darvin, Drops, Skazofrênicos, Código de Barras, Emo., Lady Murphy, Magneto, e o próprio Riveraid, que foram pra nós fundamentais pra construção da cena. Dessas grandes amizades que fizemos nessa época, uma em especial, a com o Rodrigo, acabou virando uma afinidade não só pessoal, como musical também, e a banda teve mais uma mudança de formação. O Vitor foi pra segunda guitarra, e hoje é o principal responsável também pela programação de efeitos nas músicas, e o Rodrigo pegou o baixo e dividiria agora os vocais com o Danilo.Em 2003 conseguimos juntar uma grana pra gravar um cd com 12 músicas, e em fevereiro começamos a produzir o “Das Pistas de Skate às Pistas de Dança”, no estúdio Hanói, em Botafogo. Na época conhecemos também o hoje grande amigo Victorino James, idealizador do selo Dry-Ice Records. O James, embora novo, já tinha experiência de ter produzido e distribuído pelo Brasil 2 coletâneas de Hardcore (Colorindo HC 1 e 2). Ele se interessou pelo nosso som e fechou a parceria conosco pra distribuir o “Das Pistas...” pelo país. Já com o cd lançado, continuamos tocando em todos os lugares onde podíamos. Começamos a produzir também os primeiros vídeos da banda, que nós mesmos editávamos com as cenas gravadas nos shows e nas viagens. Estava formada a “Na de Um Produções”. E No final daquele ano, realizamos o que foi uma grande conquista pra nós, tocar fora do estado pela primeira vez. Foi no Festival Extreme Nuts, em Curitiba-PR, com Food 4 Life, A-OK, Aditive, e Bad Car Crash, entre outras.O ano de 2004 contou com a ajuda de vários amigos que fizemos durante ele pelo Brasil: sites que nos divulgaram como Punknet, Lbvidz ,etc; produtores de shows do underground, como o Piu de São Paulo, Adriano e Sérgio de Curitiba, Felipe Snipes e Iguito, de Recife; e é claro, o público, que começou a crescer e propagar a nossa música. Assim tivemos a maravilhosa oportunidade de tocar em várias cidades pelo Brasil, e conhecer novas culturas e pessoas.2005 foi um ano de intenso desenvolvimento e aprendizado. Tivemos a honra e o prazer de gravarmos um cd nosso num estúdio de primeira linha, com toda liberdade de criação, e produzido por um grande mestre da produção fonográfica brasileira, e hoje também grande amigo Liminha. Fizemos o nosso melhor durante meses, criando, formulando e trocando idéias, ensaiando e evoluindo como músicos e amigos, pra ter como resultado o que pra nós foi uma revolução nas nossas vidas, marcou uma época com certeza, o cd ‘Teoria Dinâmica Gastativa’. Sentimos que todo esse período foi um enorme passo a frente que demos, e que serviu pra nos reafirmar aquilo que a gente já pressupunha, que agora tínhamos uma missão muito maior em mãos. O Forfun agora seria nossa vida, nosso meio de nos sustentarmos, nossa grande forma de expressão, e poderia ainda ir além disso, ser um canal de transmissão do bem, do amor, e da positividade, de uma esperança que todos nós temos de uma mudança pra melhor da sociedade nos campos humano e espiritual. Por consequência da atenção e do foco que tivemos com as gravações, os meses que se sucederam foram de poucos shows, mas ainda assim tocamos em festivais e shows que consideramos serem boas experiências e oportunidades de crescimento pra nós.No final de 2005 foi lançado o “Teoria...”, no Canecão, no Rio, e de lá pra cá , meados de 2006, tivemos a chance de tocar em muitos lugares novos, e de voltar à tantos outros queridos, chegando aos mais variados ouvidos e mentes. Por onde passamos temos o imenso prazer de sair sempre com novos amigos, depois de ter aprendido, ensinado, dividido e multiplicado cultura e informação, pra nós mesmos e pros outros. Esse trabalho é nosso maior prazer, e assim a gente segue, cultivando a amizade, conhecendo gente, se divertindo sempre, e mais do que nunca, fiéis aos nossos propósitos.

Por :Forfun